quinta-feira, 16 de junho de 2011

Privataria: Época de mentiras e enganações

As falácias da privataria estão de volta!
Revista Época de 11/06/2011
A época das mentiras e enganações continua. E com as mesmas argumentações, que o tempo demonstrou terem sido grandes falácias, com o intuito de “roubar” da população o seu rico patrimônio.
Com a privataria o Brasil empobreceu. Todas as empresas públicas estratégicas lucrativas e rentáveis foram passadas para grupos privados amigos a “preço de bananas”, em conluio com governantes e altos funcionários públicos da época, que administravam mal as empresas públicas para obterem prejuízos e justificarem a privatização, por preços aviltantemente abaixo dos valores reais, além de financiar a compra com dinheiro do BNDES e aceitar como pagamento “moedas podres” (títulos antigos totalmente desvalorizados mas que tinham o valor de face na privatização). E para colocar a azeitona na empadinha dos malfeitores, a empresa era reestruturada, capitalizada e reequipada totalmente às vésperas da entrega para os novos donos.
A privataria somente mostrou e o tempo confirmou, que os governantes brasileiros entre 1991 e 2002 foram péssimos e incompetentes administradores da coisa pública. A prova maior dessa afirmação é o crescimento e progresso econômico e social vertiginoso do Brasil entre 2002 e 2010 e a decadência cada vez maior no estado de São Paulo, onde esses maus administradores da coisa pública continuam desgovernando desde 1994.
Hoje a Internet possibilita que os argumentos e as denúncias das malfeitorias e enganações sejam divulgados, contra as falácias promovidas pelos conluios das verdadeiras quadrilhas de malfeitores do patrimônio público formadas com promíscuas relações de interesses entre governantes, altos funcionários públicos, empresários e aventureiros da iniciativa privada e os grandes meios de comunicação de massa (jornais, revistas, rádios e TVs, Globo, Abril, Folha, Estadão...), que na década de 1990 passaram como um trator sobre a opinião pública contrária e impuseram a toque de caixa esse enorme prejuízo ao patrimônio público.
Foi uma grande balela dos privatas esse falso "discurso científico" do Estado mínimo propagado em todos os meios de comunicação por alguns economistas, sociólogos, historiadores, geógrafos, engenheiros, filósofos e outros maus brasileiros de nível superior para justificar a dilapidação do patrimônio público, construído ao longo das décadas anteriores, a um preço bastante caro, e sua entrega para o lucro pessoal de alguns, como um butim de piratas.

Revista Veja de 9/10/1991
(clique na imagem para ler o texto)
Revista Veja de 9/10/1991
(clique na imagem para ler o texto) 

Os números abaixo se referem à Era Collor+Itamar+FHC

Para lembrar e compartilhar:
há quase 11 anos (21/07/2000) morria o jornalista Aloysio Biondi. O Portal da Fundação Perseu Abramo preserva alguns artigos e livros que resgatam a pertinência de um grande pensador que aproximou o economês do cotidiano da população brasileira, denunciou o desmonte do patrimônio nacional e fez muito mais, como pode ser conferido nos links abaixo. Sua vasta produção em diversos jornais e revistas também pode ser conferida no portal O Brasil de Aloysio Biondi, iniciativa dedicada a reunir sua obra num grande banco de dados em www.aloysiobiondi.com.br.
                       Aloysio Biondi foi o maior jornalista econômico do Brasil. Sua arte não estava apenas no armazenamento da sabedoria teórica – de qualquer maneira, uma condição para não cair nas armadilhas ideológicas –, mas sobretudo na capacidade prática de se valer dela para garimpar no cotidiano da economia as grandes verdades históricas."
Emir Sader
                      “Eram poucos os jornalistas, que, como Biondi, lidavam com familiaridade com a informação econômica mais complexa. Desenvolveu uma capacidade impressionante de criticar a forma de apresentação dos dados pelas fontes oficiais.”
Luiz Gonzaga Beluzzo

Para saber mais sobre Aloysio Biondi, inclusive fazer download gratuito de sua obra fundamental "O Brasil privatizado I e II", vá ao endereço http://www.fpa.org.br/blog/aloysio-biondi-para-lembrar-e-compartilhar.


Um tucano arrependido
Tucano de carteirinha, fundador do PSDB, Luiz Carlos Bresser-Pereira foi diretor administrativo do Grupo Pão de Açucar por duas décadas, foi ministro da Fazenda do Governo José Sarney, ministro da Administração Federal , ministro da Reforma do Estado e ministro da Ciência e Tecnologia nos governos de FHC. Foi presidente do Banespa e Secretário de Governo do Estado de São Paulo na gestão Franco Montoro. Professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, lecionou na Universidade de Paris, na USP, na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, na universidade de Oxford e outras instituições.
Foi também tesoureiro  e arrecadador de fundos de campanha para a presidência da república de Fernando Henrique Cardoso.
Depois do grande sucesso do governo Lula, com desenvolvimento econômico do país e inclusão e ascensão social da população, diante do fracasso e decadência da política neoliberal demotucana ainda vigente no estado de São Paulo, Bresser-Pereira confessa o grande erro que foi a privataria dos anos 90.

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