sábado, 26 de novembro de 2011

Mentira pelo tweet disparou as ações para a guerra


Mentiras da imprensa levam à guerra

O descalabro e a irresponsabilidade da Imprensa beiram o inimaginável dentro dos parâmetros da racionalidade humana.

Quem assume as responsabilidades pelas falsas informações divulgadas amplamente no mundo todo para justificar a invasão e destruição de um país que nunca agredira qualquer outro e o assassinato premeditado de seu líder amado e respeitado pela imensa maioria da população que conseguira atingir um patamar civilizatório quase do mesmo nível do europeu?

Será que as pessoas que se dizem “pensantes” irão jogar para debaixo do tapete de sua memória toda a suja e falsa informação com a qual foram manipulados para, como disse Malcolm X em 1964 “amarem o opressor e odiarem o oprimido“?

Será que estão questionando esses “falsos” jornalistas para descobrirem, como procura saber Julian Assange, do Wikileaks, “qual é a taxa média de mortos que cabe a cada jornalista que deturpou a realidade e induziu às guerras“?

Será que pretendem, como Thierry Meyssan, do Voltaire.net, que esses “falsos” “jornalistas que induzem à guerra sejam levados aos tribunais internacionais por infrigirem as resoluções nº 110, 381 e 819, da ONU“?

Para reavivar e nunca deixar desaparecer a memória dos fatos que levaram à barbárie européia e norte-americana, com o apoio e beneplácito de seus “civilizados” cidadãos, na destruição da progressista e pacífica Líbia, leia abaixo:

Um tweet a partir de uma fonte falsa: foi a base para as resoluções da ONU, para o ataque, a destruição e o genocídio na Líbia.
Mensagens falsas na Mídia Social levaram à guerra contra a Líbia
por Marinella Correggia
De: Mathaba, em 21/08/2011

A mãe de todas as mentiras foi enviada ao mundo através de uma mensagem do twitter por Al Arabiya, em 23 de fevereiro de 2011. Uma mensagem que induz a acreditar que Qaddafi é um Hitler ainda mais ultrajante e cruel: “a repressão na Líbia tem já alegados 10.000 mortos e 50.000 feridos.”

Pode ter sido um balão de ensaio para verificar se o mundo era capaz de engolir, acreditar sem suspeita; e ele foi capaz. Mesmo as pessoas que se consideram “progressistas” na Europa, disseram: ”Temos de parar o genocídio“, ”Bengazi é como Guernica“.

Mas quais foram as fontes dessa notícia? Na verdade foram os rebeldes terroristas (que ainda repetem essa falsa informação): Al Arabyia diz que recebeu a notícia de “Sayed al Shanuka, membro líbio do Tribunal Penal Internacional, que foi entrevistado em Paris“.

Em 24 de fevereiro, apenas um dia após a “notícia do genocídio“, o Tribunal Penal Internacional desmentiu aquele homem:
“Um esclarecimento sobre as informações da mídia com relação à posição do TPI sobre a situação da Líbia. Várias fontes de meios de comunicação têm publicado informações sobre a situação na Líbia atribuídas ao Sr. Sayed Al Shanuka (ou El-Hadi Shallouf), apresentado como um “membro do Tribunal Penal Internacional. O TPI deseja esclarecer que essa pessoa não é nem um membro do pessoal, nem assessor, e de modo algum ele pode falar em nome do Tribunal. Qualquer declaração feita por ele é dada apenas como sua opinião pessoal.
A única posição oficial até esta data é a declaração do Procurador do TPI , publicada em 23 de fevereiro de 2011:
'A decisão de buscar a justiça na Líbia deve ser tomada pelo povo líbio. Atualmente, o Estado líbio não é parte do Estatuto de Roma. Portanto, a intervenção do TPI sobre os supostos crimes cometidos na Líbia pode ocorrer apenas se as autoridades líbias aceitarem a jurisdição do Tribunal de Justiça (através do artigo 12 (3) do Estatuto de Roma). Na ausência de tal medida, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pode decidir remeter a situação para o Tribunal. O Gabinete do Procurador atuará apenas após qualquer decisão ser tomada.'

Para mais informações, por favor contate Fadi El Abdallah, Associate Legal Outreach Officer (Oficial Jurídico Associado de Divulgação)."


Mas ninguém parece ter percebido esta declaração oficial. Poucos dias depois, em 03 de março, foi a vez de Ali Zeidan, um autonomeado porta-voz da Liga Líbia para os Direitos Humanos, que sempre apenas a partir de Paris, apresentou dados mais aterrorizantes: 6.000 vítimas (3.000 em Trípoli, 2.000 em Benghazi, 1.000 em outros lugares). Mas a denúncia de Zeidan não é publicada no site da LLHR, e pelo jeito Zeidan não é o presidente nem o diretor: outra falsa fonte.

Zeidan é na verdade um porta-voz dos terroristas de Benghazi. E ele é o mesmo Zeidan que declarou, em 23 de março: “Nos futuros contratos do petróleo, vamos lembrar aqueles que nos ajudaram” (bombardeando mais!).

Foram realmente esses dados, 10.000 ou 6.000 vítimas em poucos dias de protestos, mais os supostos “feridos por Qaddafi”, que foram tomados como ouro pelo Conselho de Direitos Humanos em Genebra.

(Mas quando, em Junho, o procurador chefe Ocampo emitiu um mandado contra os três dirigentes líbios por ele responsabilizados, o número já não é mais 6.000, mas 208).

Não importa, é o número grande que é usado como base para as resoluções da ONU e para a guerra. A presunção é que se, em poucos dias, “Qaddafi matou tantas pessoas, o que acontecerá se os tanques líbios entrarem em Benghazi?”. De fato Dennis Ross, o consultor político da Casa Branca, em seguida, declarou: “Até 100.000 pessoas poderiam ser mortas e todo mundo vai nos culpar se não intervirmos“.

Nisto é que as resoluções da ONU e a guerra foram baseadas: em …um tweet a partir de uma fonte falsa.

(A propósito, mesmo em guerras anteriores nos últimos 20 anos, houve falsas armas fumegantes: incubadoras desligadas em Kuwait City por soldados iraquianos; armas de destruição em massa, valas comuns e as meninas chorando na frente de uma câmera da qual elas escaparam da morte ou estupro).


Em 23/02/2011, a agência italiana ANSA noticiou:
Líbia, Al Arabiya reporta 10.000 MORTOS

(ANSAmed) – ROMA – Há pelo menos 10.000 mortos e 50.000 feridos na Líbia, de acordo com relatos de Al Arabiya no Twitter citando um membro do Tribunal Penal Internacional. O número de mortes foi relatado pelo membro líbio do Tribunal Penal Internacional, Sayed al Shanuka, que foi entrevistado a partir de Paris. Os números oficiais fornecidos pelo governo líbio ontem indicaram 300 mortos, enquanto esta manhã o ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, afirmou que ele acreditava mais na morte de ”mais de 1.000 inocentes”.
Após o discurso de ontem à noite na televisão pelo líder líbio Muammar Gaddafi, que afirmou que “eu vou resistir até a minha morte“, a tensão emergiu hoje na Líbia enquanto os estrangeiros fogem e suprimentos de energia para a Europa estão paralisados. O governo ainda controla Trípoli, mas já perdeu a Cirenaica. Esta manhã o ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, mencionou “guerra civil” entre as “unidades e esquadrões da morte” e acusou Qaddafi de “horrível derramamento de sangue”, pedindo-lhe para parar. Até o governo italiano, que a oposição acusou de não ter falado sobre a repressão de Qaddafi, está agora atacando o líder líbio.
Frattini acrescentou que, nas suas relações com a Líbia, no passado “a Itália fez o que precisava fazer”, mas “há um limite e à luz do que está acontecendo não podemos deixar de fazer nossa voz ouvida”.
(ANSAmed).


Em 24/02/2011, o Tribunal Penal Internacional (ICC) divulgou para todos os meios de comunicação (Media Advisory: 24.02.2011):
Esta mentira também foi espalhada para o mundo pelas agências de notícias, que sem qualquer investigação mais séria, divulgaram-na para os jornais, revistas, rádios e televisões do planeta como se fosse uma verdade, um fato real, desrespeitando o direito do cidadão de saber a verdade e induzindo a imensa maioria da população a ter uma opinião negativa sobre o governo da Líbia e apoiar o bárbaro massacre perpetrado pelos EEUU/OTAN para destruir o belo e rico país, matar sua população e seus governantes nacionalistas, saquear suas riquezas e instalar bases militares em seu território.


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sábado, 12 de novembro de 2011

Mostra Internacional de Cinema da Líbia

Assista abaixo alguns dos filmes que  se tornaram sucessos mundiais da última Mostra Internacional de Cinema na Líbia, dirigidos por Barack Obama & Hillary Clinton, dos EEUU; Nicolas Sarkozy, da França; David Cameron, da Inglaterra; Hamad bin Khalifa, do Qatar; Anders Fogh Rasmussen, da OTAN e vários outros hipócritas, utilizando como protagonistas e coadjuvantes a própria população da Líbia.




















terça-feira, 8 de novembro de 2011

A verdade sobre Qaddafi e os Líbios

O que eu aprendi sobre a Líbia (ليبيا) e Muammar Al-Qaddafi (الـ معمر-القذافي)

Legendas traduzidas:
Em 1951, a Líbia era o país mais pobre do mundo.
Antes da invasão da OTAN em 2011 os líbios desfrutavam do mais alto padrão de vida na África
e à frente da Rússia, do Brasil e da Arábia Saudita.
Na Líbia, MORADIA é considerada um DIREITO HUMANO:
casais recém-casados recebem LYD50.000 (cerca de US$40.000 ou R$75.000) para comprar sua própria casa.
A ENERGIA ELÉTRICA é GRATUITA para TODAS as pessoas.
Não, eu não estou inventando isso...
Qaddafi prometeu MORADIA para todos os líbios antes que para os seus próprios pais:
ele manteve sua promessa e o seu próprio pai morreu antes de ter sua casa própria.

Antes de Qaddafi, menos de 1/5 dos líbios eram alfabetizados:
agora a EDUCAÇÃO é GRATUITA e de alta qualidade e a taxa de ALFABETIZAÇÃO é de 83%. Os SERVIÇOS de SAÚDE também são GRATUITOS e de ALTA QUALIDADE.
E se os líbios não conseguem encontrar a educação ou a saúde de que necessitam na Líbia, então o governo paga para fazerem no exterior.
Todos os empréstimos são SEM JUROS por lei.
Se um líbio compra um CARRO, o governo paga 50% do preço.
O preço da gasolina é LYD0,14 (R$0,21) o litro.
Para qualquer líbio que desejar se tornar um PRODUTOR AGRÍCOLA é dado
o uso gratuito da terra, com uma casa, equipamentos, animais e sementes.
Em 01 de julho de 2011, 1.700.000 pessoas se reuniram na Praça Verde, em Trípoli, para demonstrar oposição ao bombardeamento da OTAN na Líbia.
Isso representou cerca de 95% da população de Trípoli e cerca de um terço de toda a população da Líbia!
O BANCO CENTRAL Líbio é propriedade ESTATAL e ao contrário de TODOS os bancos no ocidente
NÃO É propriedade de Rothschild e emite MOEDA LIVRE DE DÍVIDA!
Nos anos de 1990 a Líbia foi acusada de ser responsável pelo atentado do avião da PanAm 103 em Lockerbie:
foi verificado que os EUA pagou USD4.000.000,00 a cada testemunha no julgamento, para testemunhar contra os acusados líbios.
Sim, eles foram pagos para mentir e, desde então, suas provas foram retratadas, renegadas.
Qaddafi também estava trabalhando para mudar o pagamento pelo petróleo da Líbia afastando-se do Dólar dos EUA
para o Dinar de ouro Africano.
Este movimento levou Sarkozy a bradar que a Líbia era "uma ameaça para a segurança financeira da Humanidade".
Um dos primeiros atos dos "rebeldes" da Líbia foi criar um novo Banco Central,
que é de propriedade de Rothschild, assim como são os nossos no Ocidente.
Estima-se que a família Rochschild possui mais de metade da riqueza do mundo.
Os bancos de propriedade de Rothschild criam dinheiro do nada e o vendem ao povo com juros.
Isto significa que nunca tem dinheiro suficiente para pagar de volta o que é "devido".
Então, nós e nossas crianças que ainda não nasceram somos feitos escravos da dívida para os juros bancários de Rothschild.
Ao contrário dos nossos líderes, Cameron, Obama, Sarkozy e outros, Qaddafi se recusou a vender o seu povo ...
A LÍBIA ERA LIVRE DE DÍVIDA!
Você está começando a ver porque Qaddafi recebe esta resposta do seu povo?
E quem está por trás do bombardeio, pela OTAN, contra um povo livre e soberano?
Os Líbios tinham muito do que nós não temos no Reino Unido, nos EUA e na EUROPA.
Eles têm um líder que tem integridade e coragem e que trabalhou pelos seus melhores interesses,
e não os melhores interesses de Rothschild
Os líbios compartilhavam a riqueza do seu país livre dos grilhões e das algemas da usura e interesses bancários de Rothschild.
Sem a tirania do controle de Rothschild sobre a emissão de dinheiro, todos nós poderíamos viver como pessoas ricas.
Nós fomos literalmente roubados de trilhões de £/US$/€ pelos banqueiros Rothschild e seus criados políticos de aluguel.
Temos sido estuprados e escravizados
assim como a Líbia vai ser estuprada e escravizada se nós não pararmos este crime contra a humanidade.
Estima-se que 30.000 líbios foram mortos pela NATO e seus "rebeldes".
Qaddafi acredita na democracia direta como apresentado no seu livro "O Livro Verde"
Eu coloquei um link para o Livro Verde de Qaddafi abaixo. Por favor dê uma lida.
Ele acredita que as democracias parlamentares são inerentemente corruptas
e que as pessoas podem e devem representar-se a si mesmas.
Depois de acreditar nas mentiras sobre este homem por toda minha vida, o seu livro me surpreendeu!
Eu não posso simplesmente sentar-me por mais tempo e observar como indivíduos, grupos e países são demonizados
e destruídos
por nossos governos criminosos
e, em seguida, assistir a mídia protegendo os responsáveis por crimes contra a humanidade.
Eu me recuso a pagar impostos para os criminosos responsáveis por isso.
Parem de pagar por suas bombas. Recusem-se a pagar seus impostos.
Não pague pela propaganda. Pare de pagar a taxa de licença da BBC.
Devemos mostrar solidariedade com o povo da Líbia!
Se ficarmos sentados assistindo a esses crimes contra a humanidade e não fizermos nada
então NÓS SOMOS CÚMPLICES
e um dia
SERÁ A NOSSA VEZ!
Fôda-se a OTAN!
Fôda-se a ONU!
Fôda-se a Nova Ordem Mundial!

É hora de agir, gente...
É hora de encontrarmos a nossa coragem e nos rebelarmos...


http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/livroverde.pdf


A Imprensa faz odiar a vítima e amar o criminoso

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"A imprensa é tão poderosa no seu papel de construção de imagem que pode fazer um criminoso parecer que ele é a vítima e fazer a vítima parecer que ela é o criminoso. Esta é a imprensa, uma imprensa irresponsável. Se você não for cuidadoso, os jornais terão você odiando as pessoas que estão sendo oprimidas e amando as pessoas que estão fazendo a opressão."
(Malcolm X, em 13/12/1964, num discurso históricosobre os problemas dos afro-americanos como um problema mundial” para centenas de participantes, no Audubon Ballroom, em New York/USA)

Malcolm X, nascido Malcolm Little (19-5-1925, Omaha, Nebraska) foi um ativista pelos direitos humanos e um dos maiores defensores dos direitos dos negros norte-americanos. Convertido ao islamismo, mudou seu nome para Malcom X e também El-Hajj Malik El-Shabazz (الحاج مالك الشباز).

Entrou para o movimento religioso afro-americano Nação do Islã em 1948, tornando-se seu ativo e mais famoso militante até 1964, quando saiu e então criou a Organização da Unidade Afro-Americana (OUAA) para fazer “o que for necessário para trazer as lutas negras do nível dos direitos civis para o nível dos direitos humanos”.

Foi assassinado com vários tiros por membros da Nação do Islã em 21/02/1965, durante uma reunião da OUAA no Audubon Ballroom, um teatro e salão de eventos em New York/USA.
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A verdade aprisionada

Testemunho sobre a "tomada" de Trípoli pelas forças armadas da OTAN e de seus "rebeldes" e mercenários

De: ankesenaton no Vimeo.

Lizzie Phelan, jornalista independente britânica, estava reportando diretamente da Líbia durante os bombardeios da OTAN.
Libertada pelo CICV ​​(Comitê Internacional da Cruz Vermelha) do hotel Rixos, em Trípoli, onde esteve bloqueada durante cinco días, a jornalista e ativista britânica Lizzie Phelan conta suas impressões sobre a invasão e tomada da capital líbia. Ela afirma a cumplicidade dos meios de comunicação com o genocídio organizado e praticado pela OTAN nessa invasão e explica como a informação foi manipulada e deturpada para confundir as populações dos países ocidentais e justificar a grande mentira da suposta "opressão política de Muammar Qaddafi", para assim obter apoio político e apoderar-se da Líbia, assassinando aos montes os civis, velhos, mulheres e crianças. Somente nas primeira horas de ataque à Trípoli foram mais de mil trezentos mortos. Durante o ataque a Trípoli os "rebeldes" da Otan cercaram a região do Hotel Rixos, onde estavam os jornalistas, além de desativarem as contas de facebook e twitter, para impedir a obtenção e divulgação de informações sobre o que estava realmente acontecendo na cidade.



Festival do recente cinema Líbio
















































Resolução 819 da ONU

Resolução 819, de 11/12/1954,
da Assembléia Geral da ONU
Fortalecimento da paz pela remoção das barreiras ao livre intercâmbio de informações e de idéias

     A Assembléia Geral,


     Considerando que a cessação das hostilidades na Coréia e a restauração da paz na Indochina têm contribuído para um relaxamento das tensões nas relações internacionais e que condições mais favoráveis têm consequentemente sido criadas para o acordo nos problemas internacionais não resolvidos e o fortalecimento da paz,


     Lembrando suas resoluções 110 (II), de 03/11/1947, e 381 (V), de 17/11/1950, concernentes à condenação da propaganda contra a paz, e sua resolução 290 (IV), de 01/12/1949, sobre os princípios essenciais da paz, que convoca os Estados Membros a agirem conforme os princípios enunciados na Carta das Nações Unidas e, em particular, convoca todas as nações a removerem as barreiras que impedem os povos de procederem ao livre intercâmbio de informações e de idéias essencial ao entendimento internacional e à paz.


     Reconhecendo que a manutenção desses obstáculos constitui um sério entrave ao fortalecimento da paz e a uma genuína cooperação internacional, e favorece a continuação de uma propaganda mentirosa e hostil contra outros Estados e povos,


. . .
1.  Convoca todos os Governos a aplicarem fielmente a Resolução 290 (IV), de 01/12/1949, relativa aos princípios básicos da paz, como um guia para a realização de uma paz verdadeira com liberdade e justiça;

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2.  Reafirma suas Resoluções 110 (II), de 03.11.1947, e 381 (V), de 17/11/1950, que condenam todas as formas de propaganda, conduzida em qualquer que seja o país, que seja ou destinada ou de natureza a provocar ou encorajar qualquer ameaça à paz, violação da paz ou ato de agressão.



Resolução 381 da ONU

Resolução 381, de 17/11/1950,
da Assembléia Geral da ONU
Condenação da propaganda contra a paz


. . .
A Assembléia Geral,

. . .
1. Reafirma sua Resolução 110 (II), de 03.11.1947, e o parágrafo 8 de sua Resolução 290 (IV), de 01/12/1949, que condenam toda e qualquer propaganda contra a paz e recomendam o livre intercâmbio de informações e de idéias como um dos fundamentos das relações de boa vizinhança entre as pessoas e os povos;

. . .
2. Declara que tal propaganda inclui:
 . . .   1.   Incitamento aos conflitos ou atos de agressão;
 . .    .2.   Medidas que tendem a isolar as pessoas de qualquer contato com o mundo exterior, impedindo a Imprensa, o rádio e os outros meios de comunicação de informarem sobre eventos internacionais e deste modo impedindo a mútua compreensão e o entendimento entre as pessoas;
 . .    .3.   Medidas que tendem a silenciar ou distorcer as atividades da ONU em favor da paz ou impedir seus povos de conhecerem as visões de outros Estados Membros.




Resolução 110 da ONU

Resolução 110, de 03/11/1947,
da Assembléia Geral da ONU
Medidas a serem tomadas contra a propaganda e os incitadores de uma nova guerra

     Considerando que na Carta das Nações Unidas os povos expressam a sua resolução de preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que por duas vezes no espaço de uma vida humana tem trazido à humanidade um sofrimento indescritível, e de praticar a tolerância e de viver em paz uns com os outros como bons vizinhos, e


     Considerando que a Carta também exige a promoção do respeito universal e a observância das liberdades fundamentais, que inclui a liberdade de expressão, todos os Membros tendo se comprometido no Artigo 56 a tomar medidas conjuntas e separadas para tal observância das liberdades fundamentais.


     A Assembléia Geral,


. . .
1.  Condena todas as formas de propaganda, em qualquer país que sejam conduzidas, que seja destinada ou que seja de natureza a provocar ou a encorajar qualquer ameaça à paz, à violação da paz, ou ato de agressão;

. . .
2.  Requer ao Governo de cada Membro tomar as medidas apropriadas, dentro de seus limites constitucionais, para:
 . .     (a) Promover por todos os meios de publicidade e propaganda ao seu dispor, as relações amistosas entre as nações, baseadas nos Propósitos e Princípios da Carta;
.      .
(b) Incentivar a divulgação de toda informação destinada a dar expressão do indubitável desejo de todos os povos pela paz;

. . .
3. Determina que esta resolução seja comunicada à próxima Conferência sobre Liberdade de Informação.