sábado, 30 de outubro de 2010

Jesus disse, Lucas e Mateus escreveram: "Hipócritas! Tirem primeiro as vigas* dos seus próprios olhos!"

Parece que estão cantando um hino religioso
Mas estão difamando e caluniando
O cisco no olho do irmão
Lucas 6,41-42 
“Por que você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção na trave que há no seu próprio olho?  Como é que você pode dizer ao seu irmão: 'Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando você não vê a trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então você enxergará bem, para tirar o cisco do olho do seu irmão".

Mateus 7,3-5
“Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? Como ousas dizer a teu irmão: “deixa-me tirar a palha do teu olho”, quando tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão.” (Mt)


Mônica Serra Allende disse às suas alunas de dança na Unicamp que ela e o marido José Serra fizeram um aborto voluntário na década de 60 no Chile. Nem a Mônica grávida nem o bebê tinham problemas de saúde. Alegou que viviam em época de ditadura e estavam inseguros em ter um filho. Por isso fizeram o aborto.
Não é verdade que a Sra. Mônica tenha vivido sob ditadura a não ser nos primeiros dias do golpe militar chileno, pois foi das primeiras pessoas a fugir da barbárie do regime de Pinochet, juntamente com seu marido José Serra, que já fugira do golpe militar brasileiro em 1964, também logo no seu início, nunca tendo vivido ou lutado efetivamente contra as ditaduras no Brasil e no Chile. Nem seu José nem dona Mônica. Foram se exilar nos Estados Unidos de Nixon e Kissinger, promotores do sangrento golpe (e que já deviam ter a ficha política de José Serra desde a UNE), onde estudaram vários anos na Universidade de Cornell, uma universidade privada e cara (clique aqui e aqui).
Diante de toda a grande mídia brasileira, também chamada de Partido da Imprensa Golpista, essa mesma senhora difamou ao máximo possível uma outra senhora que nunca havia praticado tal ato. A um eleitor evangélico, que citava Jesus Cristo como o “único homem que prestou no mundo” e que declarou voto em Dilma, a esposa do candidato José Serra afirmou que a petista é a favor do aborto. “Ela é a favor de matar as criancinhas”, disse a mulher de Serra ao vendedor ambulante Edgar da Silva, de 73 anos, em Nova Iguaçu, na baixada fluminense.
Quando José Serra era ministro da saúde assinou em novembro de 1998 norma técnica para o SUS (Sistema Único de Saúde), ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez.
Foi uma norma necessária para a saúde pública da mulher brasileira, em atendimento à legislação já votada há muito tempo. Mas José Serra fez e não deveria esconder, porque era ministro do poder executivo e tinha obrigação de executar a lei promulgada.
Dilma nunca disse ser a favor do aborto. Ela se posicionou, abordando o tema como uma questão de saúde pública.
Causa espécie que Serra engrosse, agora, o coro dos que pretendem condenar Dilma Rousseff por uma opinião sobre uma política implementada pelo próprio Serra.


* Devido à pressa por causa da eleição, tivemos que utilizar, em vez de traves, conforme consta na parábola, vigas de viaduto já caídas em cima dos carros que trafegavam pela Rodovia Raposo Tavares, obtidas em fotos sobre o acidente  do Rodoanel.

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